segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cartola Sobremesa com Sabor de História

Cartola

O cartola é uma sobremesa típica de Penambuco , com um valor simbólico e uma carga histórica muito rica,composto de banana, açúcar ,canela e queijo ,traz em si uma síntese da sociedade colonial no séc XVI,representando a união de raças,e a dinâmica econômica desse período.

Primeiro , quase que toda mão-de-obra estava voltada para a produção do açúcar, ficando pouco recursos humanos para se dedicar a lavoura de subsistência.

Mas o principal era a falta de hábito das senhoras portuguesas com os novos ingredientes ,que os trópico ofereciam , tendo elas que abdicarem de costumes alimentares fortes.

As cozinhas eram desacopladas das Casas-Grandes, em puxados construídos longe dos quartos e salas ,hábitos copiados dos escravos e índios , também tiveram que aposentar os fogões e chaminés de estilo Francês, utilizando novos métodos de assar por moquém tipo de grelha confeccionada com paus.

Apesar de haver abundância de árvores frutíferas ,não era de costume consumir frutas frescas, então a solução era mergulhar as frutas no açúcar ,para a sua conservação.

Acredita-se venha desse jeito de conservar as frutas que tenha surgido um dos ingredientes do cartola (a banana açucarada) , as senhoras tentavam adicionar alguns elementos da sua culinária tal como a canela ,para satisfazer paladares saudosos do velho continente.

Finalmente o queijo manteiga ,já conhecido dos africanos que era largamente utilizada nas cozinha coloniais ,era produzido no sertão ,tem alguns autores que dizem, com toda razão, que a culinária nordestina é o “encontro do sertão com o mar”.

Não se sabe precisamente,aonde o cartola foi criado e nem sua autoria ,ela nos chegar nos dias de hoje com seu sabor carregado de história esse prato tipicamente pernambucano se mantém intacto tal como foi concebida,sendo testemunha viva do modo vida dos que habitavam o Brasil ,nos primeiros tempo da colonização portuguesa.

domingo, 3 de maio de 2009

escravos sempre!

No Brasil ,a escravidão teve seu fim no final do séc XIX, ou pra ser mais exato em 1888, com a chamada Lei Aurea . Porém em toda história humana , sempre houve dominantes e dominados ,isso é quase uma constante nas relações , entres povos, sociedades e pessoas .
As formas variam , com tudo as estruturam ,por vezes sutis perduram e entranham nas nossas convivências , como se fossem cercas velhas ,mas com arame novo.
O capitalismo criou novas formas de servir , a todo momento ele nos faz ter novas necessidades , e viramos pobres escravos de necessidades que não necessitamos(realmente).
Vivemos para o trabalho, acordamos e dormimos pra ele, nos submetemos a salários ínfimos ,( como se fossem a” comida “que os senhores de engenho ministravam para as suas "propriedades"), acordamos cedo e entramos em ônibus ,sem nenhum conforto ,extremamente lotado ,que mais lembram navios negreiros.
Como senão bastasse ainda trabalhamos alucinados atrás de uma “cota” ,com gerentes (capatazes) ,e patrões ( senhor de engenho) nos chibatando com ameaças de demissão , finalmente voltamos o para casa deprimidos ( ou com Banzo ,doença que acometia os escravo na travessia do atlântico )no mesmo navios negreiros(ônibus mesmo , que eles chamam).
Mas levamos uma desvantagem , os negros apesar de falarem línguas diferentes ,conseguiram se articularem quilombos como forma de reagirem as pesadas cargas que o destino quis lhe impor .
Nós não somos levados pelas as “necessidades de que não necessitamos” a não cooperar , nos isolarmos em nós mesmo ,não ajudamos ,nem somos ajudarmos ,competição é o lema , somos escravo, sim ! enquanto os negros tinham tempo de pensar de fugir nós não ,só temos tempo de torcer para o nosso time ganhar nos finais de semana da vida. Nunca mais haverá revolução.

sexta-feira, 27 de março de 2009

MCP( MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR)

MCP, você conhece ?
O Brasil em 1960, viva sob o governo do então presidente Jucelino Kubitschek , período de enorme desenvolvimento da industria nacional ,instalaram-se no país multinacionais,tais como a wolkswagem ,” crescer 50Anos em 5”era o lema do governo.
Essa situação forçou uma emigração do interior para as capitais brasileiras ,o que fez aumentar e a concentração demográfica nos centros urbanos , com isso a miséria e as moradias precárias foram dando o tom dessa nova conjuntura ,principalmente na região sudeste.
Em Pernambuco a situação não era diferente o prefeito de recife era Miguel Arraes , um político de origem sertaneja que tinha suas ações direcionadas para as camadas mais necessitadas da população. Que também tinha que enfrentar que enfrentar o movimento migratório , que divia o recife em “sobrados e mocambos”.
Foi nesse contexto que emergia um movimento ímpar na história pernambucana, que visava elevar o nível cultural do povo para melhorar sua capacidade aquisitiva de idéias sociais e ampliar a politização das massas ,despertando-as para a luta social.
Era o chamado movimento de cultura popular (mcp) se fez acontecer o movimento de cultura popular.
Com arte , alfabetização de adultos, teatro, cinema, uma nova didática foi se forjando ,onde Paulo Freire extraiu elementos para desenvolver seu método ,as ações do MCP, também serviram de modelo para a UNE implantar pelo Brasil seus centros de cultura popular(CCP).
Mas o que é principal no MCP foi ,como eles educavam criando consciência política e social ,foi dentro do MCP que Paulo Freira desenvolveu se método de educar a partir da realidade do aluno .
Pois bem por esse fato ,foi considerado um movimento subversivo pelo militares e seus líderes perseguidos e sua sede ,localizado no Sìtio da Trindade ,em 1964 o ano do golpe militar.

sábado, 21 de março de 2009

Brasília Guerreira!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bem pessoal,continuando nosso passeio por alguns bairros de Recife,hoje vamos atracar em Brasília Teimosa ,que tem uma história de luta de descaso e perseguições a um povo simples e que,até hoje o lugar preferido de políticos em tempo e eleição( João Paulo que o diga kkkkkk).
Inicialmente o local ia ser destinado a construção do porto do Recife, o que não aconteceu ,sendo abadonado e em seguida invadido.
Essa comunidade foi sempre marcada por uma intensa luta em defesa de seus anseios, conseguindo permanecer num local valorizado e de interesse de grupos econômicos e políticos poderosos.
Em janeiro de 1956, 5 pescadores foram até o Rio de Janeiro ,assistir a posse do presidente Jucelino Kubitschek( ou JK para os íntimos) em uma pequena jangada ,para chamar a atenção para as perseguições contra eles ,inclusive dois incêndios misteriosos.
Foi batizada de Brasília em homenagem e capital (construída por JK) teimosa (tchan,tchan,tchan,tchannnnn)não foram pelas ondas mas sim por perseguições política (“quem já viu pobre morar a beirar mar” acho que era pensamentos dos homens de preto kkkk)que retiravam as famílias com pretexto de urbanizar a orla( olha o golpe ) e nada ! Elas voltavam ao mesmo lugar.Essa estratégia foi feita em 1982,depois 1986,1989 até que finalmente em 2004 o então prefeito João Paulo , usou, digo, urbanizou a orla e foi reeleito.Ah sim hoje é conhecida como Brasília Formosa (também acho).

quinta-feira, 19 de março de 2009

POR QUE AFOGADOS??????????

Afogados
Bem ,pessoal essa é minha primeira postagem e pra começo de história(gostei do termo srsrs),sempre tive uma grande curiosidade sobre os nomes dos bairros e das cidades ,e perguntando a um e a outro, lendo aqui e ali achei algumas histórias interessantíssimas espero que gostem .
Bem como recife é banhado por águas doces e salgadas alguns de suas comunidades cresceram ou minaram junto e com as águas que correm nas “veias” da cidades.Um desses bairros é o de Afogados,nos tempos das colonização ,no séc XVI, precisamente em 1593 ,As terras que compreendem o bairro foi uma doação do então donatário Duarte Coelho a Jerônimo Albuquerque.
E finalmente ,por quê Afogados? É sabido que muitos pessoas, principalmente escravos negros, morreram afogados (olha aí) ao tentar atravessar pelo rio Cedros,um braço do Capibaribe,que partindo do lado da Madalena,saía pela Ilha do Retiro,alcançava o coração do Recife , porém durante a maré cheia suas correntezas se tornavam arrebatadoras e fortes(ou velozes e furiosas é mais atual srsrs)desconhecendo o perigo ou por impaciência mesmo ( imaginem a quantidade de mosquito !!!) para esperar a maré baixar terminavam morrendo ,arrastado pelo “cão sem plumas”(Capibaribe) como diria Manuel Bandeira.